Inesperadamente, morreu no último dia 30 Daniel Piza, cujos textos acompanhava há pelo menos quinze anos. Fui apresentado a muitos dos meus escritores favoritos pelos seus textos - Philip Roth e Ian McEwan, por exemplo. Na Folha, na finada Gazeta Mercantil e agora no Estadão, com sua Sinopse dominical, seus textos farão muita falta...
O conto da semana é novamente de Calvino – Quem se contenta – e integra Um General na Biblioteca : Havia um país em que tudo era proibido. Ora, como a única coisa não-proibida era o jogo de bilharda, os súditos se reuniam em certos campos que ficavam atrás da aldeia e ali, jogando bilharda, passavam os dias. E como as proibições tinham vindo paulatinamente, sempre por motivos justificados, não havia ninguém que pudesse reclamar ou que não soubesse se adaptar. Passaram-se os anos. Um dia, os condestáveis viram que não havia mais razão para que tudo fosse proibido e enviaram mensageiros para avisar os súditos que podiam fazer o que quisessem. Os mensageiros foram àqueles lugares onde os súditos costumavam se reunir. - Saibam – anunciaram – que nada mais é proibido. Eles continuaram a jogar bilharda. - Entenderam? – os mensageiros insistiram – Vocês estão livres para fazerem o que quiserem. - Muito bem – responderam os súditos – Nós jogamos bilharda. Os mensagei
Um ano novo cheio de paz ,amor e muitas felicidades.
ResponderExcluirAbraço.
Obrigado, Manuel. Um feliz 2012, pleno de bons livros e filmes.
ResponderExcluirOs saudosistas de Paulo Francis tiveram em Daniel Piza um continuador culto, crítico , independente embora com características bem diferentes. Sua morte precoce aparentemente não tem sucessores. Na época do Francis tambem não havia sucessores á vista. Aguardemos... E.
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