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Mostrando postagens de dezembro, 2014

2014

Ano difícil para manter a leitura em nível satisfatório. Mas lá vai: Ficção: O homem que amava os cachorros , de Leonardo Padura, A balada de Adam Henry, de Ian McEwan; a edição brasileira de As aventuras do bom soldado Svejk , de Jaroslav Hasek. No Brasil, gostei muito d'O Professor, de Cristóvão Tezza, ao mesmo tempo que admito algumas lacunas que deverão ser preenchidas em janeiro. E, ainda que no meio do Inferno, Dante é uma viagem inesquecível. Não ficção: Barbara Reynolds e seu Dante. Também gostei muito do primeiro volume do Getúlio de Lira Netto. Cinema: fico com O Grande Hotel Budapeste; O Físico decepcionou.

Ele está de volta, de Timur Vermes

Ele está de volta Timur Vermes - tradução de Petê Rissatti Intrínseca, 304p. Eu me lembro do momento em que acordei, devia ser início da tarde. Ao abrir os olhos, vi o céu acima de mim. Estava azul, com poucas nuvens, clima ameno, e logo ficou claro que estava ameno demais para abril. Quase se podia dizer que estava quente. Parecia relativamente calmo, acima de mim não havia nenhuma aeronave inimiga, nem o estouro da artilharia, nenhum ataque nas proximidades, nenhuma sirene de alerta de ataque aéreo. Também observei que não havia chancelaria do Reich ou o bunker do Führer. Virei a cabeça e vi que eu estava deitado no chão de um terreno baldio, cercado pelas paredes de tijolos das casas vizinhas, que tinham sido parcialmente pichadas por pivetes; ver isso me deixou irritado no mesmo instante e decidi, espontaneamente, chamar Dönitz para uma conversa. A primeira coisa que pensei, meio sonolento, foi que Dönitz também devia estar em algum lugar por ali. Mas então, a discipli

A balada de Adam Henry, de Ian McEwan

Meu artigo sobre o livro, publicado ontem no caderno Pensar do jornal Estado de Minas. Para os assinantes, aqui. : A balada de Ian McEwan A Balada de Adam Henry Ian McEwan/Tradução: Jorio Dauster Companhia das Letras 200 páginas Nas últimas décadas, quatro amigos passaram a ocupar um lugar de destaque na literatura britânica: Salman Rushdie, Martin Amis, Ian McEwan e Christopher Hitchens. O quarteto se tornou um trio quando, em 2011, Hitchens morreu de câncer no esôfago. Nenhum deles fugia de uma polêmica – aliás, é difícil encontrar, hoje, um grupo de escritores tão dispostos ao debate público. Essa amizade se mostrou sincera e poderosa quando, em 1989, o aiatolá Khomeini condenou Rushdie à morte pelos seus Versos Satânicos – uma amizade que aparece em seu recente Joseph Anton. Um dos últimos livros de Hitchens foi Deus não é grande , onde critica a fé religiosa e defende a superioridade intelectual e moral do ateu. Reservou um capítulo para defender s

No Estado de Minas

Meu artigo sobre A balada de Adam Henry , de Ian McEwan, publicado hoje no caderno Pensar do jornal Estado de Minas .  Para os assinantes,  aqui.