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Mostrando postagens de setembro, 2017

Cervantes 470 anos

Miguel de Cervantes nasceu  em Alcalá de Henares, em 29 de setembro de 1547. "Y así, del poco dormir y del mucho leer, se le secó el cerebro, de manera que vino a perder el juicio." --Don Quixote de la Mancha (1605–1615)

Nobel 2017: apostas

Já virou tradição da Biblioteca trazer a lista com os favoritos ao Nobel de Literatura, de acordo com a casa de apostas Ladbrokes: Vamos aos 10 primeiros: 1. Ngugi Wa Thiong'o, queniano. 2. Haruji Murakami (sempre, sempre ele) 3. Margaret Atwood - canadense. Nunca li, mas é muito bem conceituada pela crítica e pelo público. Manguel adora. Seu romance mais conhecido, O conto da aia , que está na minha fila de espera, virou série de sucesso na televisão. Momento político pode ajudar. 4. Amos Oz. Israelense que costuma irritar esquerda (à qual pertence) e direita. 5. Claudio Magris. Italiano, de Trieste (escreve em italiano e fala o dialeto local). Escreve ficção, mas li Danúbio, ensaio que por si só já o coloca como merecedor do Nobel. 6. Javier María, espanhol de quem nada li. 7. Adonis, poeta sírio. Muito bom, e pode ser ajudado pela geopolítica. 8. Don deLillo, americano. Nunca li nada dele. 9. Yan Lianke, chinês não muito querido pelo regime, o

Uma sensação estranha, de Orhan Pamuk

Uma sensação estranha Orhan Pamuk tradução (indireta) de Luciano Vieira Machado Companhia das Letras, 2017, 590p. Esta é a história da vida e dos sonhos de Mevlut Karatas, vendedor de boza e de iogurte. Nascido em 1957 na fronteira ocidental da Ásia, numa aldeia pobre que dava para um lago enevoado da Anatólia Central, aos doze anos foi para Istambul, a capital do mundo, onde passou o resto da vida. Quando tinha vinte e cinco anos, voltou para a província natal e de lá fugiu com uma jovem, num estranho episódio que determinou o curso de seus dias.  Voltou para Istambul, casou-se, teve duas filhas e pôs a trabalhar sem desconto - vendeu iogurte, sorvete e arroz como ambulante, e exerceu o ofício de garçom. Mas à noite nunca deixou de perambular pelas ruas de Istambul, vendendo boza e sonhando sonhos estranhos. Assim começa mais um romance de Orhan Pamuk que acaba de chegar ao Brasil (quando, ao que parece, ele acaba de lançar outro, que deverá levar mais alguns anos pa