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Mostrando postagens de novembro, 2014

Sérgio Augusto

A turma da New Yorker é indispensável. Idem, a maioria dos colaboradores da New York Review of Books. Assino uma porção de publicações, a maioria online, atualmente, de modo que seria fastidioso listar quem sigo, já segui e deixei de seguir. Já li com assiduidade Paul Krugman, mas economia não é minha praia. Da prata da casa, Elio Gaspari, Janio de Freitas, Renato Janine Ribeiro, Milton Hatoum, Fernando Calazans e Lúcia Guimarães são os primeiros nomes que me ocorrem, e desde já peço desculpas aos que mereciam ter sido lembrados mas não foram - vistam a carapuça da vaidade. Uma bela entrevista com Sérgio Augusto, que pode ser lida  aqui. Parabéns ao jornal Cândido, da Biblioteca Pública do Paraná.

Memórias de duas jovens esposas, de Balzac

A ideia de ler toda a Comédia leva invariavelmente a descobrir romances, contos e novelas que costumam ser esquecidos do público - ao menos, o brasileiro - e é justamente o caso destas Memórias de duas jovens esposas. Romance epistolar, acompanha duas amigas dos 17 aos 30 anos, que saem do convento e tomam destinos bem diferentes -  Luísa de Chaulieu passará sua vida à procura de amor; a outra, Renata de Maucombe, procura um marido. Como consta de uma das cartas, uma terá as flores sem os frutos, a outra, os frutos sem ter tido as flores . Luísa vem de uma das grandes famílias da França, e vai encontrar o que quer duas vezes - dando-se mal em ambas; um professor de espanhol, o duque de Soria, e Maria-Gastão, um artista duro (eles estão sempre por aqui na obra de Balzac... no Chat-qui-pelote, temos Augustine e Theodore de Sommervieux). Tirana, arrasta os dois infelizes. Renata é mais conformada; dedica-se à família e abandona Paris para a província. São os frutos em flor. Escr

De livros e livros

Sérgio Augusto (sua coluna é imperdível), no Estadão deste sábado: Os últimos romances com mais de 500 páginas que li de fio a pavio, sem obrigação, foram os de Jonathan Franzen, o taludo 2666 de Roberto Bolaño (que a rigor são cinco romances numa única lombada), e Vício Inerente (Pynchon, cujas 459 páginas o enquadram nessa categoria). Custei um pouco a atravessar os quatro primeiros capítulos de Homem que Amava Cachorros, de Leonardo Padura, por já saber tudo o que gostaria de saber sobre Trotski, via Isaac Deutscher. Apesar de minha obsessão pela 2ª Guerra Mundial, faltou-me coragem para encarar as quase mil páginas de As Benevolentes, de Jonathan Littel. A restrição de uma amiga foi uma desculpa em que me apoiei para deixar O Pintassilgo (792 páginas), de Donna Tartt, na salmoura; prova de que o conselho de Virginia Woolf afinal me entrou por um ouvido e saiu pelo outro.  O artigo, completo, está  aqui. Não consegui ler 2666 (sim, confesso, podem me mandar para o paredão

25 anos

A Biblioteca até que tenta, mas não consegue. A culpa, claro, é do bibliotecário. Abaixo, foto do site do The Independent :   Berlim ontem à noite, com 8 mil balões recriando o traço do Muro.

O Físico

Chega aos cinemas brasileiros a adaptação do romance do americano Noah Gordon. Nunca tinha ouvido falar do diretor, Philipp Stölzl. Descobri que foi o diretor de um videoclip do Depeche Mode, Stripped, banido sob a acusação de apologia ao nazismo... Outro fato curioso: o livro foi um dos mais vendidos, inclusive por estas bandas. E, no entanto, o filme andou pouco por aqui - poucos cinemas e por pouco tempo. Mas o livro é muito bom - li em 1989 - e o elenco tem Ben Kingsley (Ibn Sina) à frente. E resolvi arriscar. Há grandes saltos no enredo. No livro, o leitor acompanha, por exemplo, a luta de Rob Cole em aprender a jogar duas, três e quatro bolas para acompanhar o barbeiro (Bader, por Stellan Skarsgard) - no filme, toda a história do Rob ainda criança é suprimida. O mesmo vale para o "treinamento" de um católico de uma obscura ilha do norte para se fazer passar por judeu no centro do mundo, Isfahan. Mas talvez o mais duro seja centrar o enredo no relacionamen

Pequeno Larousse Ilustrado

Tantas cosas ya se han ido al cielo del olvido, pero tú sigues siempre a mi lado, Pequeño Larousse Ilustrado. Cuántas veces me abriste la puerta pra ir jugar en voz baja a una isla desierta por un mar dibujado en el mar. Todavía eres el embeleco de una infancia que tiene tu edad y palabras, en vez de muñecos, asesina su curiosidad. Universo de la miniatura y aljibe total donde sigo pescando figuras, y no temo llegar ao final. Tú me ayudas con buenos consejos a hacer versos por casualidad y me asombras igual que el espejo con la fábula de la verdad. María Elena Walsh (1930-2011), Vals del diccionario (Valsa do dicionário)

Revista Samizdat, nº 42

RECOMENDAÇÃO DE LEITURA Kappa, Edweine Loureiro AUTOR EM LÍNGUA PORTUGUESA História de menina e moça, Bernardim Ribeiro CONTOS És feliz, Joaquim Bispo Dúvida, Leandro Luiz Confissões a Santo Antonio, Claudia Isadora Fernandes de Oliveira Sem Fim, Yvisson Gomes dos Santos O espelho, Priscila Queiroz Introdução ao corpo nu, João Gilberto Engelmann De se comer com os olhos, Caio Russo A menina dos amores trancados, Fernando Sousa Leite O enCanto da sereia da baía, Luísa Fresta Lucas pensa que não é possível, Anderson F. Freixo Passos no telhado, Cinthia Kriemler Buraco negro, Mario Filipe Cavalcanti Trívia, Chris Sevla Abate, Guilherme Scalzilli Segundo, Volmar Camargo Junior ARTIGO 4 Razões por que todo escritor deveria ir à Feira do livro de Frankfurt pelo menos uma vez na vida, Henry Alfred Bugalho TEORIA LITERÁRIA O Túnel de Ernesto Sábato, por ele mesmo, Tatyanny Souza do Nascimento CRÔNICA Do atum ao mate, Ana Beatriz Manier P