Chega aos cinemas brasileiros a adaptação do romance do americano Noah Gordon. Nunca tinha ouvido falar do diretor, Philipp Stölzl. Descobri que foi o diretor de um videoclip do Depeche Mode, Stripped, banido sob a acusação de apologia ao nazismo...
Outro fato curioso: o livro foi um dos mais vendidos, inclusive por estas bandas. E, no entanto, o filme andou pouco por aqui - poucos cinemas e por pouco tempo.
Outro fato curioso: o livro foi um dos mais vendidos, inclusive por estas bandas. E, no entanto, o filme andou pouco por aqui - poucos cinemas e por pouco tempo.
Mas o livro é muito bom - li em 1989 - e o elenco tem Ben Kingsley (Ibn Sina) à frente. E resolvi arriscar.
Há grandes saltos no enredo. No livro, o leitor acompanha, por exemplo, a luta de Rob Cole em aprender a jogar duas, três e quatro bolas para acompanhar o barbeiro (Bader, por Stellan Skarsgard) - no filme, toda a história do Rob ainda criança é suprimida. O mesmo vale para o "treinamento" de um católico de uma obscura ilha do norte para se fazer passar por judeu no centro do mundo, Isfahan.
Mas talvez o mais duro seja centrar o enredo no relacionamento proibido entre Rob e Rebecca. Noah Gordon desenvolve melhor no livro as origens da Medicina e o papel de Avicena (afinal, o nome latinizado de Ibn Sina), além de deixar evidente o relacionamento entre judeus e muçulmanos, que o filme apenas constata.
Bela fotografia. Não chega a decepcionar, mas não vá com muita expectativa, principalmente se você leu o livro. Um outro diretor poderia ter feito um grande filme.
Há grandes saltos no enredo. No livro, o leitor acompanha, por exemplo, a luta de Rob Cole em aprender a jogar duas, três e quatro bolas para acompanhar o barbeiro (Bader, por Stellan Skarsgard) - no filme, toda a história do Rob ainda criança é suprimida. O mesmo vale para o "treinamento" de um católico de uma obscura ilha do norte para se fazer passar por judeu no centro do mundo, Isfahan.
Mas talvez o mais duro seja centrar o enredo no relacionamento proibido entre Rob e Rebecca. Noah Gordon desenvolve melhor no livro as origens da Medicina e o papel de Avicena (afinal, o nome latinizado de Ibn Sina), além de deixar evidente o relacionamento entre judeus e muçulmanos, que o filme apenas constata.
Bela fotografia. Não chega a decepcionar, mas não vá com muita expectativa, principalmente se você leu o livro. Um outro diretor poderia ter feito um grande filme.
Em todos os países e no IMDB o titulo é O MÉDICO. Creio q no Brasil resolveram seguir o titulo da tradução nacional do livro. Uma pena... E.
ResponderExcluirPara não dizer que o tradutor do livro errou, perpetuamos o erro por toda a vida. Algo bem próprio por aqui.
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