O conto da semana é novamente do polonês Slawomir Mrozeck, O Leão. Da mesma coletânea de outro conto já comentado aqui, desta vez trata de um leão, em Roma, cuja função era comer os cristãos. O Imperador dá o sinal, os leões avançam, mas um deles, para espanto de todos, prefere comer sua cenoura.
Gaius, cuja função era assegurar o espetáculo - fazendo com que os leões efetivamente trabalhassem - usa o chicote com mais força, mas o leão retruca - deixe-me em paz.
- Você não precisa comê-los; basta correr atrás deles e rugir um pouco...
Mas o leão estava irredutível: depois ninguém vai acreditar que eu não os comi. Por que vocês não fazem pessoalmente? Por que os leões?
Os romanos têm asma, são velhos...
Velhos? Você é mesmo um político. Nunca te passou pela cabeça a possibilidade de os cristãos chegarem ao poder? Leia nas entrelinhas... Constantino O Grande vai chegar a um acordo com eles cedo ou tarde. E vocês vão tentar se reabilitar, dizendo: nunca fizemos nada, foram os leões.
Mas os outros leões estão trabalhando normalmente...
- Bestas estúpidas, sem noção.
Por fim, Gaius pergunta: você testemunharia em meu favor, dizendo ao menos que eu não te forcei a nada?
E o leão: Salus Republicae summa lex tibi esto - e voltou à sua cenoura...
Vocês aí que falam latim precisam ler nas entrelinhas. Vocêws que citam frases inteiras w nao traduzem para nos humilhar enfrentarão o látego de nossa vingança pois um dia chegaremos ao poder, nós a quem restaram apenas parcas expressões inuteis como data venia e frases ridículas como Quosque tandem abutere e tal. Cor contrictum et humiliatun ni deus despicit! carlos acselrad
ResponderExcluirAlgo como "a lei da republica e frágil". Advogados tem mania de escrever em latim sem saber exatamente o que significa...
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