Hannah Arendt, de Margarethe von Trotta, finalmente estreou na cidade.
O filme se concentra na cobertura do julgamento de Eichmann, em 1961, quando Arendt (Barbara Sukowa) já vivia nos Estados Unidos com o marido Heinrich (Axel Milberg) e vai a Israel cobrir o evento para a revista New Yorker. Na primeira cena, à noite, assiste-se à prisão de Eichmann pelos agentes do Mossad.
Os artigos geraram imensa polêmica. Deles saiu a expressão "banalidade do mal", hoje igualmente banalizada. Li Eichmann em Jerusalém há mais de quinze anos, e logo depois, Primo Levi - É isto um homem? As relações - evidentemente involuntárias - entre ambos é evidente.
A história com Heidegger (Klaus Pohl) aparece de forma superficial, e talvez seja este o único senão do filme. A seu favor, pode-se dizer que não era este o foco da história, mas a polêmica em torno das ideias de Arendt - Eichmann não era um monstro, mas um burocrata; que muitos líderes judeus tiveram participação na catástrofe. Segundo ela, a organização dos judeus favoreceu a "linha de produção" do Holocausto.
Também mostra o apoio que ela recebeu de seus alunos na universidade e de sua amiga, a escritora Mary McCarthy. Nas últimas cenas, ela faz a defesa de suas ideias perante os alunos e professores. Muitos intelectuais e amigos a abandonaram para sempre.
Fundamentalmente, o filme se concentra na batalha de Arendt pelas suas ideias e sua disposição em não ceder diante das reações do meio intelectual. Um roteiro dedicado ao ato de pensar.
Também mostra o apoio que ela recebeu de seus alunos na universidade e de sua amiga, a escritora Mary McCarthy. Nas últimas cenas, ela faz a defesa de suas ideias perante os alunos e professores. Muitos intelectuais e amigos a abandonaram para sempre.
Fundamentalmente, o filme se concentra na batalha de Arendt pelas suas ideias e sua disposição em não ceder diante das reações do meio intelectual. Um roteiro dedicado ao ato de pensar.
Heidegger - a relação entre ambos mantida após a guerra foi o calcanhar de Aquiles da credibilidade e autenticidade da (Jo)Hanna. Sua trilogia de "As origens do totalitarismo" talvez sobrevivam a "Eichmann em Jerusalém" que de reportagem virou tese, mas que no fim era mesmo uma reportagem . E.
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