Mais uma estreia da Biblioteca: nunca tinha visto nada do cineasta português.
Rosa Maria (Leonor Silveira) e sua filha Maria Joana (Filipa de Almeida) embarcam num cruzeiro de Lisboa a Bombaim, onde irão encontrar o marido/pai, piloto de avião. Rosa é professora de História, e o filme se inicia como uma “aula”, com bela fotografia, e uma série de perguntas da filha, pacientemente respondidas pela mãe. Lisboa, Marselha, Pompeia, Atenas, Istambul e Cairo, um desfile dos grandes centros da civilização ocidental. E também as grandes histórias – as sereias, Ulisses, Vasco da Gama, Dom Sebastião, Napoleão.
O comandante do navio, um americano de origem polonesa (John Malkovich) se reúne com uma famosa cantora grega (Irene Papas), uma empresária francesa (Catherine Deneuve) e uma atriz italiana (Stefania Sandrelli); a presença de mãe e filha em total harmonia no restaurante chama a atenção do grupo e o comandante as convida para se juntar a eles. E é curioso: cada um fala a sua própria língua, e todos se entendem muito bem, uma Babel invertida, em que tudo funciona.
Fica uma sensação nostálgica - e bastante conservadora - da Europa como o grande centro da civilização e como algo que foi bom enquanto durou mas que parece não ter muito futuro. Em certo sentido, lembra algumas obras de autores como Sandor Marai e Stefan Zweig quando tratavam do mundo dominado por Viena e os Habsburgos prestes a ser varrido do planeta. O grupo começa a falar da situação política mundial – as questões envolvendo o petróleo, terrorismo, geopolítica... Até que um membro da tripulação chama o comandante às pressas para uma notícia terrível.
Qual a noticia horrivel? O blog virou mini serie? Estamos ansiosos
ResponderExcluirIrene Papas, a grande interprete grega, principalmente dos filmes do Cacoyanis e das filmagens da obra literaria no Nikos Kazantsaki. O Cristo Recrucificado, obra literaria exibida com o titulo Aquele que deve morrer é uma boa indicação para procura nas locadoras
ResponderExcluirA TV Brasil incluiu o filme - com legendas - em sua programação. Excelente desde a aula de historia até o drama em sí. Resultado: voltamos a ler Will Durant que precisa ser redescoberto frente aos acadêmicos de História com seu ultrapassado determinismo historico e visão marxista-leninista. E.
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