Na obra Danúbio, fala dos cafés de Viena, Budapeste ou Lviv como símbolos da Europa. Diz: “Os cafés são a Europa”. O que nos dizem os cafés de hoje sobre a Europa?
Antes de mais, deixe-me dizer que Danúbio é um romance disfarçado, não um livro de História. Não se pode tomar literalmente. Essas afirmações são metáforas, o que significa que são ao mesmo tempo verdades e mentiras. Nessa passagem transparecia um sentimento de decadência fascinante, mas também uma dimensão que não é só de solidão individual, nem do apagamento do indivíduo na multidão. É a relação do individual com a dimensão pública. Os cafés são uma versão moderna da ágora grega. Locais onde se misturam trabalho e lazer, onde nos entregamos a certas rotinas, a certa preguiça, a certa reflexão, e onde podemos ler, discutir, e depois escrever. Isto nem sempre existe nas cidades de hoje, com o ritmo de hoje.
Antes de mais, deixe-me dizer que Danúbio é um romance disfarçado, não um livro de História. Não se pode tomar literalmente. Essas afirmações são metáforas, o que significa que são ao mesmo tempo verdades e mentiras. Nessa passagem transparecia um sentimento de decadência fascinante, mas também uma dimensão que não é só de solidão individual, nem do apagamento do indivíduo na multidão. É a relação do individual com a dimensão pública. Os cafés são uma versão moderna da ágora grega. Locais onde se misturam trabalho e lazer, onde nos entregamos a certas rotinas, a certa preguiça, a certa reflexão, e onde podemos ler, discutir, e depois escrever. Isto nem sempre existe nas cidades de hoje, com o ritmo de hoje.
A entrevista completa com Claudio Magris, autor do excelente Danúbio, no Jornal Público, pode ser lida aqui.
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