Imaginemos um jogo entre pessoas cultas, em que cada participante eleja os dez maiores clássicos da literatura universal. Não importa o lugar, não importa a época, não importam as pessoas: o único título comum a todas essas listas será, necessariamente, o Livro das mil e uma noites. Embora seja uma obra essencialmente árabe, pelo espírito e pela língua, muita gente ainda parece obstinada em lhe apontar as "fontes", que vão buscar na Índia ou na Pérsia antiga. Com isso, negam aos árabes o mérito de uma de suas maiores criações. É curioso que esses mesmos sábios nunca tenham se preocupado em encontrar as fontes árabes de clássicos como o Decamerão, a Divina Comédia, o Poema de El-Cid, o Livro do Conde Lucanor e mesmo Robinson Crusoé - todos eles recheados de histórias, argumentos e ideias preexistentes na literatura árabe.
Alberto Mussa, para a edição brasileira - espetacular - do Livro das mil e uma noites, Editora Globo, tradução direta do árabe de Mamede Mustafá Jarouche
Foi tempo do radio cultural. Nos idos 50 a Radio Tamoio,Rio apresentava "As mil e uma..." em programas diários de 10 minutos q sempre acabavam com a promessa da Sheerazade contar outra historia. Os roteiristas e atores deixaram boas lembranças. E.
ResponderExcluirLer ouvindo a Sheerazade do Rimsy-Korsakov dá o clima... E.
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