O conto da semana pode ser lido, diretamente do Jornal Rascunho, aqui. O autor, Ronaldo Monte (1947) nos conta de um Quijada que mora na Paraíba, vítima de uma Dulcineia que também não vale um centavo - e ainda por cima implica com os livros de sua biblioteca... No final, a resposta adequada para uma pergunta imprópria.
Herdara o sobrenome do pai espanhol que cansou de viver na pobreza fora das muralhas da cidade de Toledo e veio morrer de pobreza numa casa de vila no bairro de Jaguaribe. Foi a única herança que seu pai lhe deixou: o sobrenome de Quijada. Odiava que o chamassem pelo nome de Miguel, pois ninguém o pronunciava como gostava, com o 'ele' final acentuado, como seu pai o chamava. Também não gostava quando abrasileiravam seu sobrenome, esquecendo de pronunciar o "rê" no lugar do "jota". Antigamente reclamava, mas ninguém ligava. Afinal, quem iria saber como se pronunciava o nome de um contínuo de repartição pública estadual, de paletó puído e a barba sempre por fazer?
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