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Meia Noite em Paris, de Woody Allen


Em Paris, à meia-noite, Gil é convidado para grandes encontros com os Fitzgerald, Picasso, Gerturde Stein, Hemingway. Tudo bem, se Gil não vivesse no século 21...

No novo filme de Woody Allen, que encontrou em Owen Wilson um ator capaz de falar como ele próprio, Gil é um roteirista de sucesso em Hollywood que, na realidade, gostaria de ser um escritor consagrado. Sua noiva Inez, com os seus pais, forma um grupo de americanos “republicanos” (sempre tem alguém assim nos filmes de Woody Allen).



Gil e Inez encontram outro casal, Paul e Carol – Michael Sheen, ótimo como Paul, um esnobe que se acha intelectual e superior a todos os outros (quem não conhece um mala como ele, que “entende” de tudo, de vinhos, arte, literatura, história, mesmo falando besteiras monumentais?).  Paul despreza, inclusive, a guia do museu Rodin (Carla Bruni).

Outro que merece destaque é Adrien Brody (talvez o melhor, além de Wilson), como Dalí – que vê rinocerontes em todo lugar.

Durante a estada em Paris, ele procura tolerar os dias com a noiva fútil e o casal “mala” para, à noite, conversar com quem realmente gostaria. E, nesses encontros, conhece Adriana.

Isaac Asimov dizia que sempre perguntava aos jovens se eles gostariam de viver na Grécia Antiga – e eles sempre diziam que sim – ao que contra-atacava: como escravo? Asimov falava que temos uma versão por demais romantizada dos tempos passados – como se na Grécia passeássemos pelas ruas e tomássemos um café com Platão...

É esta a ideia do filme – Gil, que sonha com a Paris de 1920 se envolve com Adriana que, justamente por viver nos anos 20, tem o seu interesse voltado para o que entende ser o verdadeiro grande momento na Paris de 1890.

Falando nisso, e inspirado no filme, iniciei a leitura do recém lançado The Greater Journey: Americans in Paris, de David McCullough (via Kindle). O livro trata de outro período - de 1820 ao início do século 20, bem mais ao gosto de Adriana. O Sérgio Augusto, no Sabático (Estado de S. Paulo) também fala deste livro. 

Comentários

  1. Filme leve e divertido, bem ao estilo de Woody Allen. A fotografia é belíssima!! Paris, alíás, dispensa comentários. Vale a pena conferir!! Diversão garantida!!

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  2. O filme-cidade seria um desastre com outro diretor. O enredo, a fotografia, a música e os atores, com destaque ao sogro do protagonista principal dão brilho ao filme. Até a Carla Bruni mostra Paris melhor do que Sarkozy conduz a França.

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