Lope, de Andrucha Waddington. Brasil/Espanha, 2010
Apesar de ter sido lançado há algum tempo, consegui ver em um cinema - de shopping! - nesta terça. Um belo filme, cuidadosamente elaborado e com fotografia que merece uma tela grande.
O longa mostra o início da carreira artística de Felix Lope de Vega (1562-1635), interpretado pelo argentino Alberto Ammann. Lope, depois de servir à Armada Espanhola (na verdade, trata-se da grande derrota que a então "Armada Invencível" sofreu para a Inglaterra em 1588), retorna a Madri. Reencontra a mãe (Sonia Braga) e procura ganhar a vida com suas peças. Tem interesse em Isabel (Leonor Watling) mas acaba se envolvendo com a filha do "produtor" de peças a quem passa a trabalhar, Jeronimo Velasquez.
Para os brasileiros, além do diretor e de Sonia Braga, destaque para Selton Mello, no papel do Marquês de Navas, interessado em Isabel mas absolutamente desprovido de talento poético e que, por isso, contrata Lope para lhe criar poemas (um leve traço de Cyrano de Bergerac...) e, assim, tentar conquistá-la.
Um belo filme, com belas paisagens, ganhou dois Goyas em 2011, pelo melhor figurino e melhor canção original ("Que el soneto nos tome por sorpresa", de Jorge Drexler):
Apesar de o filme terminar com Lope e Isabel juntos (após o julgamento e absolvição do poeta), dando uma impressão de "final feliz", Lope casou-se inúmeras vezes, e foi para outra mulher, Marta de Navares, que fez sua obra mais famosa - Amarilis.
Sinopse muito interessante.
ResponderExcluirAbraço.
Aliás, seus comentarios sobre livros e filmes são extremamente sintéticos e completos, compreensiveis;
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