Juan Gelman faleceu dia 14 na Cidade do México. Um dos grandes nomes da poesia argentina, foi militante comunista e mais tarde montonero - o que lhe rendeu pendenga judicial no início da redemocratização em 1983 e um exílio no México. Escritores de diferentes matizes ideológicos como Gabriel Garcia Márquez e Vargas Llosa se manifestaram a seu favor. Seu filho foi assassinado pela ditadura; seu neto somente foi identificado muitos anos depois.
Gelman escreveu também em ladino (!)
O poema abaixo faz parte do volume bilíngue Dibaxu, publicado em 1994 na Argentina e em 2010 no Brasil. Foi retirado do site www.juangelman.net.
X.
não tens porta/ chave/
não tens fechadura/
voas de dia/
voas de noite/
o amado cria o que se amará/
como tu/ chave/
tremendo
na porta do tempo/
-
no tenis puarta/ yave/
no tenis sirradura/
volas di nochi/
volas didia/
lu amadu cría lu qui si amará/
como vos/ yave/
timblandu
nila puarta dil tiempu
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