Já falamos dos contos de Lydia Davis e de sua passagem por Paraty. Ela também é tradutora - já tendo trabalhado em romances de Flaubert e Proust. Em Kafka prepara o jantar, afirma, fiquei imaginando o que o Kafka sofreria ao tentar preparar uma refeição em casa.
Encho-me de angústia à medida que se aproxima o dia em que minha querida Milena virá jantar. Não consigo sequer escolher o que lhe servir. Não fui ainda capaz de enfrentar a ideia, só consegui revoar em torno dela, como uma mosca em torno da luz, queimando a cabeça.
Tenho medo de ficar só com salada de batata, o que para ela já não é surpresa. Não posso deixar que isso aconteça.
Em todo o conto, fica evidente a ansiedade e a confusão mental em que se encontrava o escritor tcheco. É interessante, também, como que sua vida é repertório para grandes narrativas breves, como este conto de Kirill Kobrin.
Lydia afirma que busca sua ficção das situações mais estranhas. Numa entrevista à Revista Época, faltou sobre a origem deste conto:
Eu estava preparando um jantar francês para amigos uma noite dessas quando pensei: nossa, é muito difícil cozinhar para uma ocasião especial. Como Kafka enfrentaria a situação? Assim comecei “Kafka prepara o jantar”. Mas fui além. Fui atrás da correspondência dele com Milena (sua namorada). As cartas confirmaram o que eu já pensava dele: um sujeito muito estranho, em estado permanente de hesitação. No conto, procurei imitar o próprio estilo de Kafka em suas cartas.
A prosa de Lydia tem muito de Kafka, sobretudo nos contos mais curtos.
Encho-me de angústia à medida que se aproxima o dia em que minha querida Milena virá jantar. Não consigo sequer escolher o que lhe servir. Não fui ainda capaz de enfrentar a ideia, só consegui revoar em torno dela, como uma mosca em torno da luz, queimando a cabeça.
Tenho medo de ficar só com salada de batata, o que para ela já não é surpresa. Não posso deixar que isso aconteça.
Em todo o conto, fica evidente a ansiedade e a confusão mental em que se encontrava o escritor tcheco. É interessante, também, como que sua vida é repertório para grandes narrativas breves, como este conto de Kirill Kobrin.
Lydia afirma que busca sua ficção das situações mais estranhas. Numa entrevista à Revista Época, faltou sobre a origem deste conto:
Eu estava preparando um jantar francês para amigos uma noite dessas quando pensei: nossa, é muito difícil cozinhar para uma ocasião especial. Como Kafka enfrentaria a situação? Assim comecei “Kafka prepara o jantar”. Mas fui além. Fui atrás da correspondência dele com Milena (sua namorada). As cartas confirmaram o que eu já pensava dele: um sujeito muito estranho, em estado permanente de hesitação. No conto, procurei imitar o próprio estilo de Kafka em suas cartas.
A prosa de Lydia tem muito de Kafka, sobretudo nos contos mais curtos.
CONVITE
ResponderExcluirPassei por aqui lendo, e, em visita ao seu blog.
Eu também tenho um, só que muito simples.
Estou lhe convidando a visitar-me, e, se possível seguirmos juntos por eles, e, com eles. Sempre gostei de escrever, expor as minhas idéias e compartilhar com as pessoas, independente da classe Social, do Credo Religioso, da Opção Sexual, ou, da Etnia.
Para mim, o que vai interessar é o nosso intercâmbio de idéias, e, de pensamentos.
Estou lá, no meu Espaço Simplório, esperando por você.
E, eu, já estou Seguindo o seu blog.
Força, Paz, Amizade e Alegria
Para você, um abraço do Brasil.
www.josemariacosta.com