No New York Review of Books, um artigo interessantíssimo. Um professor de literatura que deixa claro, no primeiro dia do curso Literatura europeia no século XIX, que não tem o menor interesse em socializar ou confraternizar com seus alunos - que, aliás, sequer se daria ao trabalho de saber seus nomes - chamava-os pelos seus números.
Quem nos conta essa história, real, é o aluno 121. A única regra do professor: ninguém poderia sair da sala, nem mesmo para ir ao banheiro, sem um atestado médico.
Seu lema: romances são pura invenção, e o romancista tem como único propósito encantar o autor. Assim, prosseguia, ninguém precisa saber nada de nenhum "contexto histórico" do texto... E o foco era Tolstoi, Gogol, Proust, Joyce, Austen, Kafka, Flaubert e Robert Louis Stevenson.
O professor, claro, era Nabokov.
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