O conto da semana é de Maritta Lintunen. The Canada Goose foi lançado em inglês em 2008, e foi gentilmente enviado ao blog pela autora.
A narradora está com sua estranha tia Alli, que há cinquenta anos tinha conhecido Upi e trocado a Finlândia pelo Canadá. E passou a vida inteira por lá. Alli Karvonen virou Alli Carson. Seu irmão - o pai da narradora - nunca se conformou com isso - achava-a esnobe e americanizada, "sem a humildade apropriada para uma mulher". Morreu sem ver a irmã. A narradora também não se conforma com isso, acha-a uma mulher fria, sem coração.
Por outro lado, vê na tia o seu pai, e não apenas fisicamente. Alli lhe parece distante. Imaginava que, meio século depois, Alli fosse procurar pelo seu passado, por memórias mas nada disso acontece. E justo quando irá sugerir uma visita ao túmulo do pai descobre que a tia está apenas de passagem, indo para um lugar sobre o qual sequer se deu ao trabalho de informar.
Uma carta irá, no entanto, revelar o segredo por trás de toda essa distância e frieza. Afinal, lê, mesmo o seu lar pode ser um covil de lobos... E agora, outras questões lhe afligem - seu pai foi realmente um bom pai, mas terá sido um bom irmão? As saudades que ele sentia pela irmã eram sinceras?
A narrativa, em onze páginas, conduz o leitor, inicialmente, a reprovar Alli, e subitamente as coisas começam a ficar mais complicadas; o segredo da tia é revelado - e fica a dúvida: quem foi frio com quem? Quem ignorou quem? Afinal, seu pai recebeu toda a herança, como se fosse um filho único... Evidentemente, ela só descobre tudo isso após a morte de Alli, o que, a essa altura, provavelmente significa que suas dúvidas não serão jamais respondidas.
A narradora está com sua estranha tia Alli, que há cinquenta anos tinha conhecido Upi e trocado a Finlândia pelo Canadá. E passou a vida inteira por lá. Alli Karvonen virou Alli Carson. Seu irmão - o pai da narradora - nunca se conformou com isso - achava-a esnobe e americanizada, "sem a humildade apropriada para uma mulher". Morreu sem ver a irmã. A narradora também não se conforma com isso, acha-a uma mulher fria, sem coração.
Por outro lado, vê na tia o seu pai, e não apenas fisicamente. Alli lhe parece distante. Imaginava que, meio século depois, Alli fosse procurar pelo seu passado, por memórias mas nada disso acontece. E justo quando irá sugerir uma visita ao túmulo do pai descobre que a tia está apenas de passagem, indo para um lugar sobre o qual sequer se deu ao trabalho de informar.
Uma carta irá, no entanto, revelar o segredo por trás de toda essa distância e frieza. Afinal, lê, mesmo o seu lar pode ser um covil de lobos... E agora, outras questões lhe afligem - seu pai foi realmente um bom pai, mas terá sido um bom irmão? As saudades que ele sentia pela irmã eram sinceras?
A narrativa, em onze páginas, conduz o leitor, inicialmente, a reprovar Alli, e subitamente as coisas começam a ficar mais complicadas; o segredo da tia é revelado - e fica a dúvida: quem foi frio com quem? Quem ignorou quem? Afinal, seu pai recebeu toda a herança, como se fosse um filho único... Evidentemente, ela só descobre tudo isso após a morte de Alli, o que, a essa altura, provavelmente significa que suas dúvidas não serão jamais respondidas.
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