Um ator se afasta da profissão e se refugia no comando do hotel da família, numa cidade do interior turco, perdida no meio da Capadócia. Sua carreira não foi o que ele esperava. Escreve para um jornal de alcance também relativo (e, portanto, é menos lido do que gostaria). Este é Aydin (Haluk Bilginer, um dos atores mais conhecidos do país), o Tio Vânia do diretor turco Ceylan.
As tomadas longas, os longos silêncios, entrecortados pelos diálogos tensos de Aydin com sua mulher mais jovem, a infeliz Nihal (Melisa Sözen), que se lança em projetos filantrópicos e está pensando seriamente em abandonar o marido, e a irmã separada Necla (Demet Akbağ), duas infelizes naquele fim de mundo. Aydin também está bem enrolado com seus inquilinos que lhe devem dinheiro mas não respeito, Ismail e seu filho.
São mais de 3 horas de filme, propositalmente lento. Talvez demais para a maioria das pessoas hoje. Mas vale, e muito, a pena. Há momentos de puro teatro tchekoviano e outros de cinema com fotografia apurada.
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