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Rembrandt, de Alexander Korda (1936)


Rembrandt (1936)

Falando em Rembrandt, este filme de Alexander Korda - nascido na Hungria com o nome Sándor Lászlo Kellner - de 1936 é considerado um dos melhores já feitos sobre a vida do holandês. Mesmo hoje, passados 80 anos, permanece 

Padura: Porque Rembrandt chorou na tarde de 1656 quando, vencido pelas pressões dos credores, teve de declarar falência e abandonar a sua querida casa no número 4 da Jodenbreestraat, enquanto membros do Tribunal de Insolvências Patrimoniais faziam o inventário de todos os seus pertences, obras, lembranças, objetos, acumulados durante anos, para serem liquidados em leilão público.

Charles Laughton teve aqui uma de suas mais destacadas interpretações. Rembrandt está com seu filho Titus, sua última mulher, Hendrickje Stoffels (interpretada por Elsa Lanchester, mulher de Laughton) e seu amigo, o ex-rabino Menasseh ben Israel. Saskia morre logo no início, o que faz com que o pouco ajuizado financeiramente Rembrandt perca suas últimas posses. 

A necessidade o leva a pintar o famoso Ronda Noturna. No filme, quando o quadro é apresentado, todos se põem a rir, achando a obra ridícula. Os homens da milícia do Capitão Cocq, incluindo o próprio, se recusam a pagar pelo trabalho.

Simon Schama diz que isso nunca aconteceu, mas reconhece que, à época do filme, essa era a opinião dominante. Cocq, na verdade, adquiriu duas cópias.

Mas não importa. No todo, é um filme dominado pela grande atuação de Laughton, além de contar com uma fotografia que pode surpreender.


Na última cena, o artista, em seus últimos dias, está se autorretratando:




E o quadro, de 1669 (ano de sua morte):


Resultado de imagem para rembrandt auto retrato 1669

Laughton dá a Rembrandt uma melancolia especial; no final, o pintor está só (Titus morre antes do pai, ainda que isso não apareça no filme). Só com os seu pincéis. O resto é apenas vaidade.

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