Esta é não apenas uma história sobre o Stephen Hawkins, mas dele (Eddie Redmayne) e sua primeira mulher, Jane (Felicity Jones). Sim, ela é tão "personagem principal" quanto ele, indicado para o Oscar de melhor ator. Seu desempenho, principalmente a partir do avanço da doença, é realmente notável. As expressões com que consegue mostrar a degeneração física são impressionantes.
Tal como outras adaptações de vidas ao cinema, esta também parece ter sido bastante camarada com o biografado. É certo que sua separação, já no final do filme, não foi tão delicada como parece - e, sim, ficamos todos com repugnância de sua atitude em trocar Jane, que abdicou de sua vida para acompanhá-lo (quando se casaram, ele já estava condenado), por Elaine (enfermeira "predadora", contratada para ajudar o casal, e interpretado por Maxine Peake).
Se Eddie faz jus à indicação ao Oscar, o desempenho de Felicity é igualmente notável. Sua dedicação ao marido, e mesmo sua luta para permanecer junto a Stephen, ao mesmo tempo em que se aproxima do músico da igreja (eles se casam após a separação dos Hawkins), sua frustração com a falta de contato sexual com o marido - e, impressionantemente, tiveram três filhos - enfim, uma atuação elegante e sem afetação.
Algumas cenas bem boladas - como a xícara de café com leite e a ideia dos buracos negros (são várias as associações entre as ideias do cientista e coisas mais prosaicas, como um teto da universidade).
E, de quebra, visitamos Cambridge.
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