Sim, a Biblioteca não perde um Woody Allen, mesmo quando ele não está atuando. Para muitos - não concordo - este é o melhor dos mundos: um filme de, e sem, Woody Allen.
Woody Allen interrompe seu tour europeu - Londres, Barcelona, Paris, Roma - continua devendo um pulo por estas bandas (eu pagaria para fazer uma ponta) e volta para os Estados Unidos, mas agora sem que NY seja sua estrela. Na verdade, a história se passa em San Francisco, com flashbacks novaiorquinos.
Novamente, um grande elenco. Cate Blanchett é Jasmine; Alec Baldwin faz o papel de Hal, um milionário picareta, que aplica um grande golpe (lembre-se de 2008). Mas o que incomodou Jasmine não foi isso, mas as puladas de cerca do marido.
Nova pobre, com a prisão (e suicídio) do marido, Jasmine vai buscar abrigo no outro lado do país, na casa da irmã cafona e pobretona, Ginger (Sally Hawkins). Na única chance que teve de melhorar de vida (o ex-marido ganhou um prêmio) caiu na besteira de entregar o dinheiro a Hal, que o investiria. Perdeu tudo - inclusive o marido - no golpe e na posterior bancarrota.
Mas é evidente que Ginger continua se sentindo inferior. Jasmine, por outro lado, ainda não caiu na real. Anda na California como se ainda desfilasse por Manhattan. O namorado de Ginger lhe é repugnante, e este, por sua vez, não perde a chance de lhe dizer que ela era ou tonta ou cúmplice de Hal. Ela, por sua vez, tem que ralar: trabalha como assistente de um dentista que acaba a assediando; vai a uma festa e conhece um milionário que pretende ingressar na política (ela sabe que não pode abrir o jogo e dizer quem realmente é).
O filme é todo ele Cate Blanchett, que já é favoritíssima ao Oscar de 2014 pelo papel. Blue Jasmine foge das últimas obras de WA por não se tratar de uma comédia - a partir da metade do filme, é mesmo um grande drama.
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