FAUSTO Ouve-mos ler então: “Nos termos seguintes: primeiro, que Fausto haja de ser um espírito em forma e substância; segundo, que Mefistófeles o sirva e esteja às suas ordens; terceiro, que faça e lhe traga tudo quanto deseje; quarto, que se conserve em seus aposentos ou em sua casa, mas invisível; último, que apareça ao dito João Fausto todas as vezes e sob todas as formas e aspectos que este deseje. Eu, João Fausto, de Wertenberg, doutor, dou pelo presente, tanto o corpo como a alma a Lucifer, príncipe do Oriente, e a seu ministro Mefistófeles; e mais lhe concedo, expirado o prazo de 24 anos, e mantidos os artigos acima indicados sem violação, plenos poderes para virem buscar e levar o dito João Fausto, corpo e alma, carne, sangue e bens, para a sua habitação, onde quer que ela seja. Eu, João Fausto (p. 60-61). Consta que a primeira obra literária a respeito surgiu em meados do século XVI, na Alemanha – Historia von D. Johann Fausten – e que o personagem teria sido um