A presença da nossa literatura no exterior é um assunto complicado. Comecei a rever alguns lugares comuns que eu mesmo repetia sem pensar muito. Imagina-se sempre que a culpa é do isolamento da língua portuguesa, da desimportância internacional do Brasil ou mesmo da falta de políticas de incentivo à divulgação dos nossos autores no exterior. São explicações incompletas, embora cada uma tenha algum peso. Quanto ao incentivo, o projeto da Biblioteca Nacional patrocinando traduções de livros já contratados por editores estrangeiras – imitando o que se faz muito em países de Primeiro Mundo – tem sido importante no relativo aumento da nossa presença lá fora. Mas há outras variáveis. O profundo desinteresse do exterior pela nossa literatura pode ter relação simplesmente com algumas especificidades muito fortes da nossa produção, que sente dificuldades de conversar com o resto do mundo. E também, talvez, com alguns aspectos temáticos e estilísticos da linguagem literária brasileira que não encontram ressonância fora daqui. Não sei. É um tema amplo que não tenho muito claro na cabeça. Quero pensar mais e escrever sobre isso.
Cristóvão Tezza, em entrevista ao Homo Literatus.
O Brasil tem um grande numero de exemplares de livros vendidos. So que a maioria se refere a encomendas governamentais para estudantes, um grande ganha pao das editoras. O resto é o resto, se vender está ok.E
ResponderExcluirPerdemos feio para países europeus pobres com menos de 10 milhões de habitantes.
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