Um interessante artigo sobre as expectativas e a realidade dos escritores e editores portugueses que vieram para o Brasil. Prestígio que os escritores portugueses suscitam no Brasil é superior à venda de seus livros.
Bárbara Bulhosa, portuguesa que, em 2012, fundou a editora Tinta da China Brasil, diz que a literatura nacional não merece tratamento de preferência: “Há interesse por bons escritores que escrevam em português, não necessariamente pela literatura portuguesa. Se a Dulce Maria Cardoso fosse angolana ou espanhola tinha recebido a mesma atenção quando esteve no Brasil”.
O livro O Retorno, de Dulce Maria Cardoso, editado pela Tinta da China Brasil em 2012, foi elogiado pela crítica e a visita da autora, convidada para a Feira Literária Internacional de Paraty, mereceu destaque em vários jornais. “Em Portugal, O Retorno vendeu dezoito mil exemplares”, diz Bárbara, “no Brasil vendeu dois mil”. Se os números são excelentes para a realidade portuguesa, não estão nada mal para o Brasil, ainda mais se considerarmos que alguns autores brasileiros, mesmo conhecidos, não esgotam tiragens de três mil exemplares.
Você pode ler a íntegra da matéria aqui.
Portugal é um país pequeno e em grave crise. Nós somos imensos e, de acordo com o que se diz, estamos "bombando" por aí. E, no entanto, comemora-se (merecidamente, diga-se) a venda de dois mil exemplares como um grande feito...
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