Depois de passar alguns anos num sanatório, o narrador volta a Paris, comparecendo a uma festa elegante onde encontra homens e mulheres de cabelos grisalhos, antigos companheiros e amigos, agora tão velhos quanto ele.
Mas Marcel encontrou sua vocação: irá pintar o retrato de seu mundo pintando a si mesmo, pintando o retrato do artista quando velho, viajando no Tempo. Nem todos estão fadados a se tornar artistas, esses seres excepcionais que se convertem no que são a partir de alguma compulsão interior, não importando quanto tempo passe. O narrador é um dos eleitos: escreverá um grande romance - e o romance que o leitor acabou de ler é o romance que o narrador irá escrever. Ele aprendeu sua lição de vida: o preço a pagar em busca da verdade perdida é alto, até extorsivo, mas vale a pena. Somente a arte é capaz de transpor os abismos entre as intermitências do coração.
Peter Gay, Modernismo
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