No começo do ano, foi exibido no canal Curta!
Agora saiu o DVD. São 6 episódios, que também podem ser assistidos pelo YouTube.
Com entrevistas de personagens do primeiro e segundo escalões do mundo soviético e do leste europeu, bem como depoimentos de trabalhadores, além de filmes e cenas inéditas ou pouco conhecidas pelos não iniciados, o documentário aborda o período entre 1974 e 1991.
Nekrasov viveu essa época. Ele acreditou naquilo. O documentário pode ser visto como uma longa discussão entre ele e sua filha, Tatiana, que nasceu nos anos 80 na Alemanha e não consegue imaginar como tanta gente aceitava a dominação do império soviético.
Desnecessário dizer que muitos no Brasil torceram o nariz para o documentário. Já vi gente se dizendo irritada com a postura de Tatiana - quero crer que acharam sua participação tão boa que se esqueceram que se trata de uma produção... A relação entre ambos - o pouco contato nos anos 80, com o pai querendo "dar uma chance" ao regime. Nekrasov reconhece que o sistema era insuportável e inviável. O ponto dele é outro: como alguém que nasceu sob o regime, tinha uma visão diferente - a união dos povos, a construção de uma superpotência. E Tatiana contrapõe: mas não se esqueça de Stalin, dos gulags etc.
No mais, alguns aspectos interessantes: os soviéticos sabiam já em meados dos anos 70 que o inimigo a ser combatido não era o capitalismo americano, mas o jihadismo em suas fronteiras. Andropov sabia disso. E as republicas daquela região já estavam a postos de se trucidarem, o que foi escancarado depois de 1991. Yeltsin está lá, assim como Sakharov, Soljenitzin, Gorbachev, Ceausescu, Havel... E o filme mostra as diferentes visões sobre Gorbachev - a de herói do ocidente, traidor na URSS, libertador da Europa Oriental e monstro para uma ou outra república, como na Lituânia.
Está no YouTube. Não há mais desculpa para não assisti-lo.
Nekrasov viveu essa época. Ele acreditou naquilo. O documentário pode ser visto como uma longa discussão entre ele e sua filha, Tatiana, que nasceu nos anos 80 na Alemanha e não consegue imaginar como tanta gente aceitava a dominação do império soviético.
Desnecessário dizer que muitos no Brasil torceram o nariz para o documentário. Já vi gente se dizendo irritada com a postura de Tatiana - quero crer que acharam sua participação tão boa que se esqueceram que se trata de uma produção... A relação entre ambos - o pouco contato nos anos 80, com o pai querendo "dar uma chance" ao regime. Nekrasov reconhece que o sistema era insuportável e inviável. O ponto dele é outro: como alguém que nasceu sob o regime, tinha uma visão diferente - a união dos povos, a construção de uma superpotência. E Tatiana contrapõe: mas não se esqueça de Stalin, dos gulags etc.
No mais, alguns aspectos interessantes: os soviéticos sabiam já em meados dos anos 70 que o inimigo a ser combatido não era o capitalismo americano, mas o jihadismo em suas fronteiras. Andropov sabia disso. E as republicas daquela região já estavam a postos de se trucidarem, o que foi escancarado depois de 1991. Yeltsin está lá, assim como Sakharov, Soljenitzin, Gorbachev, Ceausescu, Havel... E o filme mostra as diferentes visões sobre Gorbachev - a de herói do ocidente, traidor na URSS, libertador da Europa Oriental e monstro para uma ou outra república, como na Lituânia.
Está no YouTube. Não há mais desculpa para não assisti-lo.
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