Meses depois de Aharon Appelfeld , a quem entrevistou, morreu no último dia 22 o maior de todos, Philip Roth. Ironicamente, não haverá Nobel de Literatura este ano. A Academia, que tanto esnobou o autor de Pastoral Americana, Operação Shylock e Complexo de Portnoy , está envolvida em escândalos sexuais. Outra ironia: muitos detratores de Roth se incomodavam com seus textos e o chamavam de misógino, machista, sexista... enfim, uma besteira que diz muito mais a respeito da Academia do que de Roth. Como escrevi quando comentei a biografia de Roth ( Roth Libertado , de Claudia Pierpoint Roth), "Claire Bloom, por exemplo, ao se separar do escritor, lançou um livro de memórias que definitivamente consolidou uma percepção não muito favorável da pessoa de Roth no grande público. Pode explicar, por exemplo, a recusa da Academia em conceder-lhe o Nobel. Em tempos politicamente corretos, não parece muito provável a premiação de um americano acusado de misogin...
Livros, filmes, livros sobre filmes, filmes sobre livros.