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Mostrando postagens de maio, 2014

Ratos de biblioteca

Uma daquelas listas tão inúteis quanto divertidas: dez livros sobre leitores compulsivos , verdadeiros ratos de livrarias. Saiu no Guardian e, evidentemente, tem uma predominância de autores ingleses e americanos - honrosa exceção, claro, é Cervantes. E você? Acrescentaria qual livro?

Getúlio (2014)

Consegui assistir ao filme dirigido por João Jardim e estrelado por Tony Ramos (Getúlio), Drica Moraes (Alzira), Alexandre Borges (Lacerda), entre outros. Em 1994, assisti à peça no próprio Palácio do Catete e, na mesma época, a minissérie global (e muito boa, tal como o romance de Rubens Fonseca) Agosto.  As comparações são inevitáveis, ainda que os enfoques de cada um sejam diversos. O do filme é bem particular: os eventos a partir do atentado da Toneleros sob a ótica do Palácio. Os últimos dias de Vagas, sob o ponto de vista do próprio e de seu núcleo, a esta altura encastelado no Catete. A reconstituição do Rio - desde Copacabana (morava muito perto do prédio da Toneleros) ao clima de tensão que dominava a cidade - é um dos pontos fortes. Em determinado momento, Vargas lembra ser especialista em constituições - "eu mesmo já rasguei duas", ironizando seu papel de ditador (aliás, é curioso como praticamente tratamos os presidentes de 1930-1945 e 1954 como duas...

A ditadura das acácias

De um modo geral, as capas da maioria dos romances "sobre a África" parecem ter sido feitas por alguém cuja principal ideia sobre o continente vem de O Rei Leão. Michael Silverberg, em interessante e provocativo artigo, em inglês, publicado na The Atlantic, sobre a incrível ditadura das acácias nas capas dos romances "passados na África".  Aqui.

FLIP 2014 - Programação

No dia 13 foi divulgada a  programação da FLIP 2014.  Curiosidade em ouvir Vladimir Sorokin, Elif Bautman, Etgar Keret, Juan Villoro, Daniel Alarcón, além dos Millormaníacos e a mesa sobre os 50 anos do golpe. Quem vai?

O homem que amava os cachorros, de Leonardo Padura

O homem que amava os cachorros Leonardo Padura Tradução de Helena Pitta Boitempo, 2014, 592 p. Um livro sobre o assassinato de Trotsky escrito por um cubano residente na ilha, recomendado pela Presidente da República e editado no Brasil por uma editora de esquerda, com um pequeno texto do Frei Betto. Nada que me dê ganas de encarar um tijolo de quase 600 páginas. Mas fui em frente e hoje concluo a leitura do que talvez seja o melhor livro que li este ano. São três cenários: O primeiro, da fuga épica do casal Bronstein - inimigo da Revolução - pelo Casaquistão, passando uma grande temporada na Turquia de Mustafá Kemal (o único a lhe abrir as fronteiras, ainda que Trotsky soubesse que não poderia ficar por lá por muito tempo) e terminando seus dias no México (Coyoacán). Em Barcelona, em plena Guerra Civil, Ramón Mercader é recrutado para executar as ordens de Stalin e se livrar do incômodo rival. E, em Cuba, Iván quer se tornar escritor e tem um encontro com um estranho ...