Neste artigo de José Pacheco Pereira, no Público , um elogio a Frederico Lourenço, tradutor da edição da Odisséia da Companhia das Letras/Penguin, e que acaba de receber o Prêmio Pessoa. E um lamento pela decadência da cultura clássica na Europa (ainda que Churchill já tivesse percebido isso há mais de cinquenta anos): O prémio a Frederico Lourenço, no entanto, não nos deve iludir. O mundo sobre o qual ele estuda, escreve e traduz é cada vez menos presente no espaço público do saber, onde cada vez menos se sabe sobre o mundo clássico, e, embora nunca se soubesse muito comparado com os países da Reforma, também cada vez menos se sabe sobre a Bíblia. Não nos devemos iludir quanto ao valor que a escola, a universidade, a sociedade, a comunicação – já para não falar das chamadas “redes sociais” – e a política hoje dão às humanidades e aos estudos clássicos. Esse valor é quase nulo. Pelo contrário, é entendido como um conhecimento inútil, que justifica o corte de financiamentos, a...
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